sexta-feira, 29 de junho de 2007

UMA PÉTALA POÉTICA DE NILTO MACIEL


Nilto Maciel
Baturité, 1945
Poeta, contista, novelista e romancista cearense

Soneto crepuscular

Para Francisco Carvalho

Nos campos de meu pai antigamente
as chuvas inundavam meus pensares
e do pomar do céu pingavam frutos.
Ventos ninavam aves repousadas

nas árvores vigias de seu sono,
sentinelas da luz crepuscular.
As ovelhas baliam suas crias,
os vaga-lumes alumbravam tudo

e a solidão das vacas nos currais.
Duendes se assustavam co’os trovões.
Na escuridão dos quartos o perfume

do amor gemente à sombra dos lençóis.
Invernos que de mim se evaporaram
nos campos de meu pai antigamente.

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