terça-feira, 18 de setembro de 2007

PAULO MENDES CAMPOS E A POESIA DAS ALTEROSAS


PAULO MENDES CAMPOS
Belo Horizonte 1922 – Rio de Janeiro 1991
Poeta, contista e cronista mineiro


NESTE SONETO


Neste soneto, meu amor, eu digo,
Um pouco à moda de Tomás Gonzaga,
Que muita coisa bela o verso indaga
Mas poucos belos versos eu consigo.

Igual à fonte escassa no deserto,
Minha emoção é muita, a forma, pouca.
Se o verso errado sempre vem-me à boca,
Só no peito vive o verso certo.

Ouço uma voz soprar à frase dura
Umas palavras brandas, entretanto,
Não sei caber as falas de meu canto

Dentro de forma fácil e segura.
E louvo aqui aqueles grandes mestres
Das emoções do céu e das terrestres.

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