sexta-feira, 1 de abril de 2011

CÁLICE DE RÍVOLO


Enzo Carlo Barrocco


No próximo século já serei um anjo,
desses anjos grenás que às madrugadas
fazem companhia aos cães e às neblinas.

E em alguns anos estarei translúcido
de luz e de silêncio, total silêncio
e que teus olhos mortais não me alcancem.

Porquanto, nesse século de mortes,
da minha, da tua, nossas mortes,
aproveitarei meu cálice de Rívolo.

Nenhum comentário:

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...