quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BORBOLETAS DE MOIRABA - CANTO Nº 1

  
Enzo Carlo Barrocco


SOL DE OUTUBRO
Trazes teu sorriso rubro
sob este sol de outubro,
e nesta esplêndida tarde
tudo se queima e se arde.

O SABRE E A FLOR
Não sei quando emudeço,
meu rumo teço e desteço,
que o amanhã é um sabre
sobre uma flor que se abre.

SERENIDADE
Nunca, jamais te apressa
que o tempo não há quem meça,
seja moroso o teu dia
com alguma melancolia.

RECOMPOSIÇÃO
O sol sorri do telhado
seu sorriso amarelado
e tudo, então, se renova:
o dia, o tempo, a trova...

APARIÇÃO
Em meu quarto surges branca,
lábios, seios, coxas, ancas;
a boca fruto vermelho,
longas sombras pelo espelho.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SARNEY, O BRINCALHÃO

Blogs da Folha

Josias de Souza

Bastidores do poder

Em jantar com Dilma, Sarney ‘brinca’ com helicóptero

  Lula Marques/FolhaO tetrapresidente do Senado José Sarney frequenta o noticiário em posição incômoda há três dias. Não parece, porém, incomodado. Ao contrário.
Sarney se diverte com o alarido provocado pela revelação de que usou helicóptero do governo do Maranhão em dois passeios à ilha do Curupu, propriedade familiar.
Brincou com o tema na noite passada, durante jantar em que o PMDB homenageou Dilma Rousseff. Iniciativa do vice-presidente Michel Temer.
O encontro levou ao Palácio do Jaburu mais de uma centena de pessoas (leia texto abaixo). Durou pouco menos de duas horas.
Nesse intervalo, jogou-se conversa fora em várias rodinhas. Numa delas, Sarney contou, entre risos, que recebera um telefonema do senador tucano Aécio Neves (MG).
“O Aécio me disse: ‘Quando precisar de helicóptero, é só me ligar que eu arranjo’.” Abriram-se sorrisos ao redor de Sarney.
Distante, a homenageada Dilma não ouviu. Mas um auxiliar dela, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), testemunhou o chiste.
A governadora Roseana Sarney, que brindou o pai com a cessão do helicóptero, também esteve no jantar.
Saboreou os afagos verbais que Dilma dirigiu a Sarney no rápido discurso pronunciado diante da tribo dos pemedebês.
Servido o jantar, Sarney foi acomodado na mesa principal, ao lado de Dilma. Ali, o senador não se animou a falar de helicópteros.
- O blog no twitter.
Escrito por Josias de Souza às 04h51

terça-feira, 16 de agosto de 2011

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

COM WANGARI MUTA MAATHAI POR OUTROS CAMPOS DE TRIGO




por Enzo Carlo Barrocco




Wangari Muta Maathai, queniana de Nyeri, cientista e pacifista, no convés da fragata desde 1940, foi a primeira mulher da África Central e Oriental a receber o grau de doutorado. Formada em Ciências Biológicas pelo Mount St. Scholastica College, em Atchison, Kansas em1964 e ganhadora do Master of Science Degree subseqüentemente da University of Pittsburgh em 1966. Em 1972 obteve um PH.D pela Universidade de Nairobi. Maathai também é membro do Conselho Nacional de Mulheres do Quênia, sendo sua presidente, entre 1981 e 1987. Fundou o Pan African Green Belt Network, em1986 que levou as mulheres a plantarem mais de 20 milhões de árvores em fazendas, escolas, igrejas etc. Seu gesto logo se espalhou positivamente por alguns dos países africanos como Tanzânia, Uganda, Malauí, Lesoto, Etiópia, Zimbábue etc. É ferrenha sua luta pela democracia, direitos, humanos e conservação ambiental. Por todo seu empenho em defesa das mulheres, crianças, meio ambiente, Maathai recebeu em 2004, o Prêmio Nobel da Paz, assim como  graus doutorais honorários de várias instituições ao redor do mundo. Foi eleita para o parlamento e nomeada subsequentemente pelo presidente, como Ministra Assistente do Ambiente, Recursos Naturais e de Vida Selvagem do Parlamento do Quênia.

OUTROS PRÊMIOS RECEBIDOS POR MAATHAI

Woman of the Year Award (1983), o Right Livelihood Award (1984), o Better World Society Award (1986), o Windstar Award for the Environment (1988), de Woman of the World (1989), o Hunger do Project's Africa Prize for Leadership (1991), Goldman Environmental Prize (1991), o Jane Adams Leadership Award (1993), a Edinburgh Medal (1993), o Golden Ark Award (1994), Excelência da Comunidade Queniana no Estrangeiro (2001), o Juliet Hollister Award (2001), o Outstanding Vision and Commitment Award (2002), o WANGO ambiental (2003), o Sophie Prize (2004), o Petra Kelly Prize for Environment (2004), o Conservation Scientist Award (2004), o J. Sterling Morton Award (2004),

O planeta tem muito a agradecer a Wangari Muta Maathai, por sua persistente luta em defesa das desigualdades sociais que na África ultrapassam todos os limites do ponderável.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

LINHA CURVA



Enzo Carlo Barrocco



Na contracosta da página
voa um pássaro;
             pássaro ázigo
perdido de outras
páginas.

Pousa, enfim, à linha
curva o pássaro
à tarde cris;
cinza lua
e fecha o livro
e fim.


DALCÍDIO, SÓFOCLES E D'ÁVILA NA ESTANTE VIRTUAL




Passagem dos Inocentes (Romance)
Autor: Dalcídio Jurandir
Edição: Falângola Editora
Belém, adjacências e Muaná, no Marajó; atritos e conflitos de toda espécie de gente. O povo amazônico, os igapós, os igarapés, os aguapés, as igarités...

***
Édipo Rei (Peça Teatral)
Autor: Sófocles
Edição: Editora América do Sul Ltd.
O oráculo anunciava que Édipo mataria o seu pai e se casaria com sua própria mãe Jocasta. Um clássico escrito há mais ou menos 2.500 anos.

***

Poesias Completas em Prosa e Verso
Autor: Ângelo D’Ávila
Edição: LGE Ltda.
Este livro de 659 páginas é o resultado de toda a lavra poética de Ângelo. São 20 livros reunidos em apenas um. Sonetos, poemas livres, trovas, hai-kais. Ângelo D´Ávila em meio século de poesias.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

LUAS DE AJURUTEUA - CANTO Nº 10



Enzo Carlo Barrocco

FINAL DE UM LINDO DIA

Pousa uma garça ligeira
No topo da galharia,
O mangal empardecendo,
Final de um lindo dia.


PERFUME DE MUITAS ROSAS

Assim como a lua cheia
Nasce nas noites morosas,
Surges bela pela porta;
Perfume de muitas rosas.


CAMINHOS LARGOS

Não abandona tua fé
Embora tenhas sofrido;
Evite os caminhos largos
Podem ter cacos de vidro.


SOMOS O QUE NÃO PARECEMOS

Dentro de cada vivente
Uma fera se agiganta
E pode a qualquer momento
Saltar na tua garganta.


FOGO ETERNO

Esta trova tão malfeita
Não deixa verdade alguma;
Quem sabe no fogo eterno
O trovador se consuma. 


A POESIA CATARINENSE DE HUGO MUND JÚNIOR




A POEMA

VÊNUS TARDIA

Pérfido, aquece o verão esta chama,
extrema euforia sustentada por Vênus,
fábula que aflige a carne madura.

Derrota o sol a excessiva indulgência
do coração afogado na embriaguez
que não quer saber do seu outono.

Na duração da incógnita, o enjôo do fruto.
Este é o lugar da víbora e da pomba,
risco de insulto no irrevogável impulso.


O POETA



Hugo Mund Júnior, catarinense de Mafra, poeta e artista plástico, no convés da fragata desde 1933, eleva significativamente o nível da poesia catarinense com seus textos compactos. O poeta lança mão de sua condição de artista plástico para criar a chamada poesia visual, um gênero que só se arrisca a fazer quem realmente tem capacidade técnica e intelectual. Não percamos de vista esse maravilhoso poeta.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FLORES DE TRACUATEUA – CANTO Nº 10

Enzo Carlo Barrocco


OUTRAS NAVEGAÇÕES
O céu não pertence às aves
Há outras navegações,
O céu diz respeito às naves,
Helicópteros, aviões.

A TARDE DO ITUQUARA 
Uma sombra de mangueira,
A tarde corre tranqüila,
A rede espreguiçadeira -
Nenhum rumor pela vila.

O HOMEM PETRIFICADO
Pensativo e sem resposta
Lauro Sodré, em São Braz:
Como uma moça de costa
Subiu na coluna atrás?

CREPÚSCULO
Um sol púrpuro mergulha
Num horizonte magento,
O clarão de uma  fagulha,
Nuvens a sotavento.

A MORTE DO ALCOÓLATRA
Nonato morreu sozinho
Num casebre à invasão,
O alcoolismo é um caminho
Sem retorno e sem perdão.

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...