quarta-feira, 25 de abril de 2012

PÉROLAS DE CARANANDUBA - CANTO Nº 12




Enzo Carlo Barrocco


VOU DIZER POR QUE ESCREVO

Vou dizer dessa atitude,
deste ofício de demente,
é que faina mais decente
não me faz bem à saúde.



A CIDADE DORMITANTE
 

A cidade não se move
à madrugada-menina,
advém uma chuva fina –
no relógio: uma e nove.

 

UM HOMEM NO SEU CASEBRE
 

Um homem no seu casebre
feliz na simplicidade,
nunca morou na cidade,
não se curvou a essa febre.

 

DENTRO DA NOITE
 

A lua caminha errante
dentro da noite crescente,
o vento passa indolente
por sobre a maré vazante.



O POETA DESENGANADO
 

Da vida demais cansado
o poeta se despede,
daqui a três dias fede
seu poema inacabado.



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