segunda-feira, 23 de junho de 2014

ESTRADAS CONECTADAS

Enzo Carlo Barrocco







As estradas que me interligam

acabam à beira-mar,

entre as escarpas,

os mangues, a natureza enfim.



Um sol caindo sobre as dunas;

um céu rosado

se formando no horizonte.



As estradas que me interligam

acabam no beiral da noite

onde as praias tranquilas

se misturam às estrelas. 


sexta-feira, 20 de junho de 2014

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A POESIA SUL-AFRICANA DE EUGÈNE MARAIS



O POEMA...


NOITE DE INVERNO

   Ó como é frio o ventinho
   e magro,
   e brilha na luz fosca
   e nu,
   tão largo quão a misericórdia do Senhor,
   jazem os campos à luz da lua e à escura
   E alto nas montanhas,
   espalhado entre os fogos,
   as sementes do capim sussurram
   como mãos que acenam.

   Ó triste a musiquinha
   que vem acompanhada do vento do leste,
   Como o canto de uma menina
   Abandonada ao seu amor.

   Em cada dobra de espiga de capim
   brilha uma gota de orvalho,
   e logo se torna pálida
   vira geada ao vento!


...E O POETA





















Eugène Marais (Pretória  1871 – Pelindaba – 1936)  poeta, contista, ensaísta, jornalista e naturalista sul-africano, pelo fato de ter concluído seus estudos em escolas inglesas começou a escrever seus primeiro poemas nesse idioma. Quando tinha 20 anos Marais fundou jornal Land en Volk (País e Povo). Envolveu-se na política a nível local ao mesmo tempo que lutava para se livrar do uso da morfina. Embora tenha ido para Londres estudar medicina acabou convencido a estudar direito. Marais, como naturalista, lançou vários ensaios de cunha científico. Eugène Marais é reconhecido como o pai do estudo científico do comportamento dos animais, a Etologia. Seu trabalho foi traduzido para várias línguas. Seu mais célebre poema chama-se Winternag (Noite de inverno) considerado o primeiro poema em afrikaans de mérito literário. 


quarta-feira, 4 de junho de 2014

UM POEMA

 Enzo Carlo Barrocco
















Um poema: a manhã se levanta
com sua cara de sono
preguiçosamente inadiável.

A libido transformada em luz,
louca madrugada de orgasmos
e palavras pornográficas;
o suspiro e o riso profanados.

Preguiçosamente inadiável,
com sua cara de sono,
a manhã se levanta.



ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...