segunda-feira, 10 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
UMA SOMBRA ANTE A TARDE
Enzo Carlo Barrocco
A tua sombra rondava
a minha tarde;
esguia, inconstante
desaparecia, por vezes,
à passagem das nuvens,
a chuva inesperada,
no intervalo da sesta vesperal.
Eu que me preparava
para uma viagem
desafivelei as malas,
recolhi o bornal
e fiquei atento àqueles movimentos
no discreto beiral
da minha casa.
Contundo uma lua se ergueu
no horizonte
transmudando as paisagens,
perturbando o sossego,
esmorecendo a luminosidade.
Em vista disso esperei, pacientemente,
Que um novo dia apontasse sobre o mar.
quinta-feira, 6 de março de 2014
PÉROLAS DE CARANANDUBA - CANTO Nº 3
Enzo Carlo Barrocco
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A MÃO E O PRECIPÍCIO
Que não seja tão difícil
alguém te esticar a mão
quando, sem solução,
estiveres no precipício.
AÇUCENA
A luz invade serena
o escuro onde me acho,
que seja a luz desse facho
como flores de açucena.
PREMÊNCIA
Por ora estou precisado
de água e oxigênio,
que no verso pressa tenho,
rimado ou não rimado.
PRAÇA DO RELÓGIO
Hoje o tempo está parado,
Baía do Guajará,
quilha, mulher, araçá,
relógio desconsertado.
O POEMA E A CHUVA
A chuva me faz o dia
muito triste, muito triste,
contudo a paisagem insiste
lembrar-me alguma poesia.
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