O POETA
O POEMA
De repente inesperado soluço
Um molusco à beira mar...
Músculo retrai-se ao impulso
O pulso que começa a pulsar.
Mas não me vêm as lágrimas
As marcas da pedra de anil
As águas-vivas das mágoas
As latas d'água de um rio!
O céu então se escurece,
Faz-se mortalha de anu;
O céu que se rende à tua prece
E o mar que pintaste de azul!