sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

QUEIMADAS


Enzo  Carlo Barrocco


As árvores semiústas
erguem os braços para os céus;
o dia rubro
põe nuvens pavorosas no horizonte.

Tocos e troncos no cinzal medonho
e animais carbonizados
na angústia da fuga.

Os pássaros se foram,
restam o sorriso ingênuo do caboclo
e o grelo da maniva
entre os dedos tisnes das crianças.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

NIKOS KAZANTZAKIS NA ESTANTE VIRTUAL

Zorba, o Grego (Romance)
Autor: Nikos Kazantzakis
Edição: Abril S.A.




O clássico romance de Kazantzakis e sua obra mais conhecida., Em “Zorba, o Grego”, o angustiado e inquieto Kazantzakis está soberbo.








sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MARISA RAJA GABAGLIA NO DIÁRIO DOS PENSADORES



"Há pessoas que se casam em comunhão de males." 



* Marisa Raja Gabaglia (Rio de Janeiro 1942 - São Paulo 2003) romancista, cronista e jornalista  fluminense

PÁSSARO E LUA E ESTRELA

Enzo Carlo Barrocco



Meu poema é um pássaro
voando
de uma ponta a outra do rio,
sobre a linha d´água.
A leveza de uma folha seca
que se desprende.

Meu poema é uma lua
nascendo
na beirada da noite.
A leveza de uma nuvem pequena
num céu polido.

Meu poema é uma estrela
vagando
no sem-fim do universo.
A leveza de um meteorito perdido
no insondável do Cosmo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PÁSSAROS DO ANOURÁ - Poetrix - 23ª TRÍADE

Enzo Carlo Barrocco


BREVIDADE
Não duvido,
nossa estada neste planeta
é um breve zumbido.

SOB OS OLHOS DE DEUS
A lua veio tarde;
esta noite, de todo o mal, de todo o mal
Senhor, nos guarde!

ESTIMAÇÃO
Eu estimo os animais,
não lesemos os nossos irmãos inocentes

nunca, nunca mais.

AINDA CABE UM ÚLTIMO AVISO

Enzo Carlo Barrocco



As flores, soubessem todos,
a alegria que dá sentir
o aroma.

Diriam de jardins suaves,
roseirais iluminados,
belezas que não se veem mais.

Seríamos imprudentes
levantarmos prédios
sobre cadáveres belíssimos.

Fiquemos sem flores e plantas
e insetos e pássaros;
nossas almas desmanteladas.

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...