quinta-feira, 16 de julho de 2015

A POESIA AMAPAENSE DE HERBERT EMANUEL



O POEMA...

SABORAÇÃO

olhar agora para estas peras
faz-me desejar comê-las
de outra forma:

salivar na boca
a palavra pera
deixar pingar um pouco
na página
depois recolhê-la
com um leve toque
dos dedos
antes de secar



...E O POETA













Herbert Emanuel, amapaense de Macapá, poeta e ensaísta, no convés da fragata desde 1963, aos treze anos mudou-se para Belém, onde residiu até 1998. Formado em filosofia pela UFPA, lecionou no antigo Núcleo da Universidade, em Macapá. Com a apresentação do poeta gaúcho Carlos Nejar lançou seu primeiro livro “Nada ou quase uma Arte”. Olga Savary viu em Herbert uma genuína verve poética  e o colocou na Antologia Poética Poesia do Grão-Pará,  em 2001.   Em 1998, lançou, em parceria com o artista plástico e mímico Jiddu Saldanha, Cartões Poéticos.  Em 2006 lançou o livro “Do Crepúsculo ao outro dia”, também em parceria Jiddu. Seus artigos  já foram publicados em inúmeros jornais sobre variados temas. Experimentemos a poesia nortista de Herbert Emanuel. 


terça-feira, 14 de julho de 2015

A LUZ ABSTRATA

Enzo Carlo Barrocco





















A luz se espalha abstrata
nas águas que vão embora
mas sei que não está na hora
não é disso que se trata.

O verso estão se converge
a um estágio distinto
porém, agora pressinto
que algo ruim o persegue.

Surge à margem do caminho
um sol de final de dia,
na paisagem tão prosaica

uma certa melancolia,
não perco a fé que carrego,
é ela a minha alegria.


ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...