terça-feira, 21 de dezembro de 2021
sábado, 18 de dezembro de 2021
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
sábado, 11 de dezembro de 2021
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
JOEL DESPAIGNE NA MÁQUINA DO TEMPO
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
sábado, 4 de dezembro de 2021
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
O CÍRCULO DOS CONTISTAS: ANTON TCHEKHOV
Um homem, em Monte Carlo, vai ao cassino, ganha um milhão, volta para casa, se suicida.
***
Anton Tchekhov (1860 - 1904) , o eminente dramaturgo, contista, novelista e ensaísta russo, um dos maiores contistas de todos os tempos, que também enveredou pelas sendas do microconto, nos dá o paradoxo de ganhar no jogo e perder a vida.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2021
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
terça-feira, 9 de novembro de 2021
domingo, 7 de novembro de 2021
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
terça-feira, 2 de novembro de 2021
O CÍRCULO DOS CONTISTAS: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
NO RESTAURANTE
por Carlos Drummond de Andrade— Quero lasanha.
Aquele anteprojeto de mulher — quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia — entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.
O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
— Meu bem, venha cá.
— Quero lasanha.
— Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
— Não, já escolhi. Lasanha. Que parada — lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
— Vou querer lasanha.
— Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
— Gosto, mas quero lasanha.
— Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
— Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
— Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
— Você come camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
— Quero uma lasanha.
O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
— Moço, tem lasanha?
— Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
— O senhor providenciou a fritada?
— Já, sim, doutor.
— De camarões bem grandes?
— Daqueles legais, doutor.
— Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
— Uma lasanha.
— Traz um suco de laranja pra ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
— Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. — Sábado que vem, a gente repete… Combinado?
— Agora a lasanha, não é, papai?
— Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
— Eu e você, tá?
— Meu amor, eu…
— Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.
Esse pequeno conto do reconhecido escritor Carlos Drummond de Andrade goi publicado no livro que recebeu o título de O Poder Ultrajovem e reúne textos do autor publicados nas décadas de 60 e 70 na imprensa.
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
terça-feira, 12 de outubro de 2021
segunda-feira, 11 de outubro de 2021
domingo, 10 de outubro de 2021
sábado, 9 de outubro de 2021
MARILYN MONROE NA MÁQUINA DO TEMPO
A bela Marilyn Monroe, atriz, modelo e cantora, ícone do cinema americano na primeira metade do século XX, imortalizada em diversos filmes Hollywoodianos, aos 29 anos, em 1955.
domingo, 3 de outubro de 2021
O PONTO DO LIVRO: O DEFUNTO E OUTROS CONTOS
O PONTO DO LIVRO: O DEFUNTO E OUTROS CONTOS
Resenha
Eça de Queiroz, considerado um dos mais importantes escritores portugueses de todos os tempos foi, reconhecidamente, um autor de romances de grande importância, entre os quais Os Maias, O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, A Ilustre Casa dos Ramires, A Relíquia, entre tantos outros e visto, por muitos, como o melhor escritor realista português do século XIX. No entanto Eça se notabilizou, também, como um exímio contista. Apesar de ser mais conhecido pelos seus romances, Eça de Queiroz escreveu também maravilhosos contos que foram reunidos postumamente num só volume em 1902, portanto dois anos após a sua morte. São contos excelentes que nos fazem ver a originalidade, a riqueza de estilo, a linguagem, o realismo descritivo como, também, a crítica social constantes. Singularidades de Uma Rapariga Loura, é a história de um jovem caixeiro, honesto e trabalhador, chamado Macário, que morava e trabalhava com o seu tio Francisco e que se apaixonou por uma vizinha "loura como uma vinheta inglesa" chamada Luísa; Frei Genebro fala sobre um frade que, nos tempos de São Francisco de Assis, vivia na Itália e O Suave Milagre, considerado um dos mais belos escritos do autor, que tem emocionado gerações, que descreve Jesus quando percorria a Galileia, com os poderosos procurando por Ele sem que pudessem encontrá-lo. Tenho absoluta certeza que você vai se emocionar com os contos desse esplêndido escritor.
*€NZOCB2021
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
BRUCE LEE E IP MAN NA MÁQUINA DO TEMPO
BRUCE LEE E IP MAN NA MÁQUINA DO TEMPO
Bruce Lee, a lenda, aos 20 anos, com seu mestre IP Man, aos 67 anos, artista de artes marciais e professor, mestre do estilo Wing Chun do Kung Fu. Ensinou a diversos alunos que futuramente se tornaram mestres notórios, sendo Bruce Lee o mais famoso deles.
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
sábado, 18 de setembro de 2021
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
sábado, 11 de setembro de 2021
O POEMA E O POETA
O POEMA...
PARA ADORMECER AQUELE QUE VELA
Há montanhas em sonhos
tão antigas,
onde sonham
os grãos da areia que te sonha
O que sobrevive na hora
que apaga a última claridade?
De quem faz a Noite a vontade?
Dia ou homem,
uma túnica de rancor é o que eles vestem,
e as montanhas vêm rugir
Caladas
Se veio o Tempo,
é que é tempo de colher sob as estrelas
o centeio negro com mãos mais brancas, caiadas.
...E O POETA
Vicente Franz Cecim (Belém 1946 - Idem 2021), poeta, romancista, jornalista e publicitário paraense tinha, como muitos críticos abordavam, uma literatura multifacetada. A natureza tinha presença constante em sua escrita, sendo a Amazônia um dos pontos de sua literatura. Cecim reuniu seus trabalhos em Viagem a Andara o Livro Invisível. Em seu Manifesto Curau, o escritor fez um apelo à insurreição da Amazônia, lançado durante o Congresso da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, de 1983, realizado em Belém. Entre 1975 e 1979 o escritor esteve envolvido com o cinema, quando fez algumas gravações em super-8. Há pouco Cecim estava entre nós produzindo a sua forte literatura reconhecida em todo o Brasil. Cecim era filho da, também, escritora Yara Cecim, falecida em 2009 a qual tive o prazer de conhecer pessoalmente e manter correspondência com ela um certo tempo.
EnzoCB2021
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
LEV YASHIN NA MÁQUINA DO TEMPO
domingo, 5 de setembro de 2021
O PONTO DO LIVRO: MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRAZ CUBAS
O PONTO DO LIVRO: MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRAZ CUBAS
Resenha
Memórias Póstumas de Brás Cubas, um clássico brasileiro, é um romance que foi escrito por Machado de Assis, o qual, em princípio, tendo sido escrito como folhetim, entre março e dezembro de 1880, para a Revista Brasileira. No ano seguinte, foi publicado como livro, pela então Tipografia Nacional como Memorias Posthumas de Braz Cubas. Esse romance é narrado em primeira pessoa, e seu autor, Brás Cubas, é um homem já falecido que desejava escrever a sua autobiografia. De uma família da alta sociedade carioca do século XIX, de sua sepultura o morto escreve suas memórias póstumas iniciando com uma "Dedicatória" sugestiva: Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas. Machado inaugurou um novo estilo com audácia e inovação. Inclusive, confessou adotar a "forma livre" de Laurence Sterne em seu Tristram Shandy (1759–67), e de Xavier de Maistre, em Memórias Póstumas, rompendo com a narração linear e objetivista de excelentes autores do final do Século XIX. Esse romance foi considerado a obra que iniciou o Realismo no Brasil, ainda que com elementos livres e próprios de Machado de Assis.
*€NZOCB2021
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
sábado, 21 de agosto de 2021
LUIZ GONZAGA NA MÁQUINA DO TEMPO
O cantor, compositor e instrumentista pernambucano Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em um show que iria apresentar em Currais Novos, Rio Grande do Norte, aos 67 anos, em 1979.
terça-feira, 17 de agosto de 2021
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
segunda-feira, 9 de agosto de 2021
domingo, 8 de agosto de 2021
O POEMA E O POETA: HERBERT EMANUEL
O POEMA...
mira bem
no centro
e dispara
a bala
da palavra
o som
que reverbera
dentro
sangue espesso
na página
...E O POETA
Herbert Emanuel, amapaense de Macapá, poeta e filósofo, no convés da fragata desde 1963, à certa época mudou-se para Belém do Pará onde viveu até 1988. Seus estudos se deram na capital paraense onde se formou em filosofia pela Universidade Federal do Pará. Leciona Filosofia, desde 1989, no antigo Núcleo da Universidade Federal do Pará, em Macapá. Seu primeiro livro publicado "Nada ou quase uma arte", foi prefaciado pelo poeta Carlos Nejar. Em 1998, publicou juntamente, com o artista plástico e mímico Jiddu Saldanha, Postais Poéticas. Alguns poemas seus foram incluídos na Antologia Poética Poesia do Grão-Pará, em 2001, com seleção e notas da poeta paraense Olga Savary. Hoje trabaha como consultor e conferencista, se reportando sobre temas relacionados a arte, a cultura, a educação e a ecologia, tanto no Amapá, como fora dele. Tem vários artigos publicados em diversos periódicos daquele Estado sobre diversos temas.
ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE
Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...
-
por Enzo Carlo Barrocco Sandra Annenberg, paulista da capital, jornalista e atriz, no convés da fragata desde 1968, começo...
-
João Baptista Bellinaso Neto, o Léo Batista, veterano apresentador e jornalista esportivo, hoje aos 86 anos, é o mais antigo apresentador em...
-
O POEMA... DEPOIS DA HECATOMBE Quando a torpe insensatez humana Varrer da terra toda a humanidade, Por entre as cinzas da radioatividade,...