quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
DATA VÊNIA: RONALDO CAGIANO
Ronaldo Cagiano
(Cataguases 1961)
Poeta, contista, crítico literário e ensaísta mineiro
IMAGEM VIRTUAL
Não interrogues o poeta.
Que sabe o rio de suas águas?Anderson Braga Horta
Sobre o beiral da velha ponte
de Cataguases
contemplo águas andarilhas
mirando o leito de antanho:
lâmina que me disseca
para um lúcido reconhecimento.
O rio que, inexorável, me escapa,
carrega antigas histórias
rumo ao mar das utopias:
reencontro nas catarses.
Nesse itinerário que serpenteia
por antigas paragens,
lanço barcos sem rumo
para o resgate do que f(l)ui
no espelho provisório
dos meus anos.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
A TENDA DOS BLOGUEIROS - CONTOSEMPRE
CANTOS ASSASSINOS
Mesmo que a sutileza de tudo isso seja impenetrável para a maioria das pessoas, foi com sentimentos nobres que construí meu vil objetivo. O amor constrói inúmeras estruturas, assim como a pedra. Com elas pode se erguer uma torre que possibilita divisar o mar, como também um prisão ou uma masmorra. Com o amor pode se construir todas as infinitas histórias bonitas que nos contam quando somos crianças, e também pode se edificar o destino das criaturas que então pertenciam a mim.
Quisera eu poder ter somente uma leitura para cada palavra em minha vida. Mas nasci com o dom da dúvida e com a escuridão na mente. Toda minha vida foi uma bacia de risos cercando as lágrimas que eram minha essência. Toda minha existência, antes de Joana e Joaquina, uma mentira.
Trecho do conto "Glossário dos Fluidos Humanos" do surpreendente livro "Cantos Assassinos", de Daniel Detânico (ou Detanico), escritor gaúcho (ou sul-riograndense), editado em 2.000 pela Maneco Livraria e Editora, da cidade Caxias do Sul/RS. São três contos sobre assassinatos, sobre isso não há surpresa. A forma como são narrados é que surpreende - boa dose de originalidade, escrita segura e não-linear, que indicam maturidade do escritor. Nunca ouvi falar antes de Daniel Detânico (não parece a vocês um pseudônimo?). Nem há no livrinho (pelo número de páginas) nenhuma indicação de quem seja, nada, só a indicação de sua naturalidade pela ficha catalográfica e pela editora. Comprei o exemplar por uma ninharia na LDM, entre os promocionais do andar superior.
DO BLOGUE DO CARLOS BARBOSA
http://contosempre.zip.net/
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
JIRAU DIVERSO Nº 34
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SETEMBRO
Eu ontem vi chegar, quase que à noitezinha,
Apressada e sutil, a primeira andorinha...
É a primavera, pois, em flor, que se anuncia,
É setembro que vem, bêbedo de ambrosia
Mãos doiradas, a rir, mãos leves e radiosas,
Semeando à luz e ao vento as papoulas e as rosas...
Como foi para nós de um esquisito gozo,
Ó minha alma! esse doce, esse breve repouso,
Que entre o nosso viver tumultuário e incerto
Surgiu como se fosse o oásis do deserto...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
RONALD POLITO: O POETA HISTORIADOR
Ronald Polito
(Juiz de Fora, 1961)
Poeta, ensaísta e historiador mineiro
Outra Face
Faces sem conta são
possíveis quando a face
perfaz, desfaz, refaz-se
na cristalização
efêmera que, impasse
a impasse, implica, não
obstante a interação,
além de uma interface,
com outras que, indevido
equívoco, depressa
reduzem-se a resíduo,
o impulso que a arremessa
a um face-a-face assíduo
com sua face avessa.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
NOTAS PEQUENAS – PASQUALE MOSTRA A LÍNGUA
Croniquetas
por Enzo Carlo Barrocco
"Nossa Língua...": Salvando a TV aberta do lixo cultural
Nesta nota gostaria de fazer uma pequena homenagem ao programa “Nossa Língua Portuguesa”, ao seu apresentador, o professor Pasquale Cipro Neto e a toda a sua produção . Alguns programas salvam a televisão brasileira do lixo que aí está, como o “Nossa Língua Portuguesa” que é uma dessas pequenas jóias que, vez por outra, emergem em meio à ganga. Vida longa ao “Nossa Língua Portuguesa”, ao maleável Pasquale Cipro Neto e à TV Cultura de São Paulo pela excepcional idéia de pôr no ar um programa que prima pela qualidade e pelo conteúdo.
A TENDA DOS BLOGUEIROS - CONTOS BRASILEIROS
Em suas memórias (volume III, página 41), Alfred Hitchock conta um episódio aterrorizante.
Uma noite fazia anotações para um filme. Não diz se levou adiante o projeto. Thomas Mc Carthy informa tratar-se de “Pacto Sinistro”. E faz cotejo entre as cenas do filme e as anotações citadas por Aldred.
Súbito a luz do aposento se apagou. E a caneta caiu das mãos do mestre. Ou sumiu de entre seus dedos. Instintivamente, tateou a mesa, à procura da caneta. E nada encontrou. Talvez tivesse caído para o chão. Melhor aguardar a luz. Cruzou as mãos e, pacientemente, esperou. Não costumava faltar luz na casa. E canetas nunca desapareciam misteriosamente.
Passados alguns minutos, a casa se iluminou de novo. Hitchcock descruzou as mãos e varreu a mesa com os olhos. Só papéis e livros. Apalpou-os, sacudiu-os. Definitivamente a caneta desaparecera. Não se achava sobre a mesa, nem debaixo dela. Vasculhou todo o aposento, recanto a recanto. E nada de caneta.
Apavorado, sedento, correu à geladeira. Beberia um litro de água. Abriu abruptamente a porta, e, para seu espanto, tudo virara gelo. Até a caneta.
Alfred Hitchcock quase desmaiou. Eriçaram-se os cabelos. Como poderia a falta de luz ter provocado aquilo?
James Grant nega o episódio. Tudo se deu apenas na imaginação do cineasta. Seria apenas mais um episódio de filme.
DO BLOG DO NILTON MACIEL
http://contosbrasileiros.blogspot.com/
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
O DIÁRIO DOS PENSADORES - PÁGINA 33
Poeta convive com uma certa anomalia
de olhar para dentro de si todo dia.
- Eliana Mora (Rio de Janeiro 1948 - poeta fluminense
O invejoso chora mais o bem alheio que o próprio dano.
- Francisco de Quevedo y Villegas (Madri 1580 – Villanueva de los Infantes 1645) poeta espanhol
Quando não se tem aquilo que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.
- Eça de Queiroz (Povoa do Varzim 1845 – Paris 1900) contista e romancista português
A simplicidade é a mais difícil coisa que se pode obter, é o último limite da experiência e o maior esforço de genialidade.
- Georges Sand (Paris 1804- Nohant 1876) romancista francesa
A terra não pode ser mera reserva de valor para os que especulam com o seu preço, por que só nela os homens encontram a vida.
- Ulysses Guimarães (Rio Claro 1916 – Em um desastre de helicóptero, mar de Angra dos Reis 1992) político paulista, cognominado “O Senhor Diretas”.
A verdade científica é sempre um paradoxo, se julgada pela experiência cotidiana que se agarra à aparência efêmera das coisas.
- Karl Marx (Trier 1818 –Londres 1883) economista, político, filósofo e ensaísta alemão
Cada geração ri de seus pais, ridiculariza seus avós e admira seus bisavós.
- William Somerset Maughan (Paris 1874 – Londres 1965) romancista, contista, dramaturgo e ensaísta inglês nascido na França
Só podemos falar francamente sobre nossos defeitos para aqueles que conhecem nossas qualidades.
- André Maurois (Elbeuf 1885 – Paris 1967) romancista e biologista francês
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido,
tudo será permitido,
... só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.
- Thiago de Melo (Bom Socorro, distrito do município de Barreirinha 1926) poeta amazonense
Do mesmo papel em que lavrou a sentença contra um adúltero, o juiz rasgará um pedaço para nele escrever umas duas linhas amorosas à esposa de um colega.
- Michel de Montagne (Bordeaux 1533 – Idem 1592) ensaísta francês
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
SANTA CATARINA CLAMA POR AJUDA
Gostaria de prestar minha solidariedade à população catarinense, em especial, às pessoas atingidas, nas últimas semanas, pelas enchentes e pelas quedas de barreiras na região do Vale do Itajaí. Peço a todos os brasileiros dos vários rincões do país, que tenham condições de ajudar, que dêem a sua contribuição aos nossos irmãos catarinenses que, neste momento, estão necessitando de todo tipo de ajuda. Em Belém, as doações podem ser entregues na sede do Corpo de Bombeiros que fica na Avenida Júlio Cezar 3.000, esquina com a Avenida Pedro Álvares Cabral. Procure no seu Estado onde fazer as doações. Amigos internautas, solidariedade é a palavra de ordem.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
JIRAU DIVERSO Nº 33
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NENHUMA CARTA EM MEU NOME
terça-feira, 25 de novembro de 2008
ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE
Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...
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por Enzo Carlo Barrocco Sandra Annenberg, paulista da capital, jornalista e atriz, no convés da fragata desde 1968, começo...
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João Baptista Bellinaso Neto, o Léo Batista, veterano apresentador e jornalista esportivo, hoje aos 86 anos, é o mais antigo apresentador em...
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O POEMA... DEPOIS DA HECATOMBE Quando a torpe insensatez humana Varrer da terra toda a humanidade, Por entre as cinzas da radioatividade,...