Minoconto
por Enzo Carlo Barrocco
Estancou à porta com as vozes que vinham da sala. Franziu o sobrolho ao ouvir risadas. O chefe dela era um homem sério, reto, probo e sempre demonstrou serenidade diante dos funcionários. Vez por outra risinhos, vez por outra silêncio. Evidentemente, se fosse algo suspeito, a porta estaria trancada; no entanto não arriscou em conferir sua dúvida. Quem estaria lá? Por um momento fora ao banheiro e, certamente, naquele intervalo a pessoa havia entrado. “A curiosidade também mata” – pensou. Atendeu ao telefone com o recado da portaria com relação a um documento urgente. Correu à portaria. “Meu Deus!” – pensou – “tomara que ela ainda esteja lá!”.
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