segunda-feira, 27 de setembro de 2010

LIBÉLULAS RUBRAS - 16ª TRÍADE

Enzo Carlo Barrocco


UM POEMA PARA GEORGE

A paz se estende sob um piso branco
imóvel e lívida,
sem nada à fronte,
às mãos, à boca fria;
silenciosa e insignificante.


TARDE RIBEIRINHA

A várzea, na metade
de janeiro
alaga, alarga o rio;
a chuva sobre a mata.
A tarde foge para oeste;
o canto sincopado da Nambu.


O CHAMADO

Aos que seguiram o chamado,
a brincadeira rude
de matar – prudência!
Embora não conheças desafetos,
um míssil sobre a tua casa
e logo, logo cairás na Web.

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