Enzo Carlo Barrocco
Às sombras dos telhados a lua cheia
Esparge poesia à ruazinha
A noite, no entanto, se encaminha
Vagarosamente a outra aldeia.
Porém antes dessa caminhada
A noite para sobre o povoado
Um panorama triste, assombrado
Apossa-se da vaga madrugada.
Por baixo das mangueiras espalhadas
Ao longo do pequeno povoado
O tempo se comprime enevoado
Ante a solidão da grande lua.
A noite, então, se apressa orvalhada
Agora a caminhada continua.
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