O POEMA...
MANÁ
Cai a chuva.
Volumosas gotas transparentes
marcam a terra poeirenta.
Telhados enferrujados dos assentos do mercado
protegem os úmidos e retardatários
tomados de surpresa.
Uma agitada massa marrom
de formigas aladas
fascina a noite.
Hipnotizadas
pelo brilho das luzes da rua
se aglutinam em direção ao brilho.
Asas crepitantes.
são precipitadas ao chão
como anjos caídos.
Com a primeira luz da manhã
dedos marrons escavam a terra molhada;
baldes empilhados de formigas sem asas.
Risos e alegria ressoam na aldeia Africana.
limpam as
retintas lareiras de pedra a partir das cinzas de ontem.
São jogados galhos secos que se incendeiam.
As mãos abanam com papelão
Para dar início a grandes fogueiras.
As colheres de madeira removem o sujo das panelas
de ferro.
As formigas são torradas, se reinventam e tornam-se
um banquete temperado e crocante
caído do céu.
...E A POETA
Althea Romeo Mark, antiguana de Saint John’s,
poeta, novelista e educadora, no convés da fragata desde 1948, fez seus estudos
universitários de educação em inglês e
literatura americana moderna. A escritora viveu em vários países como os
Estados Unidos, Libéria, Inglaterra e Suíça. Publicou ao longo de sua
carreira literária alguns livros de poesias, como: The
Silent Dancing Spirit, 1974; Palaver: West Indian Poems, 1978; Two Faces, Two Phases, 1984 e Beyond Dream: The Ritual Dancer,
1989. Seus poemas e outros escritos têm sido incluídos em várias publicações,
sendo alguns deles encontrados na grande rede. Antígua e Barbuda este
pequeno país caribenho (um arquipélago constituído de 37 ilhas) nos deu essa excelente poeta que
continua a nos brindar com o seu belo trabalho literário.
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