terça-feira, 27 de outubro de 2015

CAJU

Enzo Carlo Barrocco




















Que o caju acaso
caia
seja um caso calculado.
Castanha, paçoca e polpa.

Flor, inseto e pólen,
o poder
da floração
da estação, do êxtase.

O verão se arma
de colheita
e de cigarra,
de flora, flor e fruto. 
 




sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PAISAGEM DELINEADA

Enzo Carlo Barrocco


























Essas nuvens desenhadas
num azul feito a pincel,
floresta, carro e casebre
batendo as costas do céu.

Toda a luz que se dispersa
sobre a face do papel
emana de um sol onírico,
invisível carrossel.

A paisagem se acende,
deslumbrante fogaréu,
gravura delineada
por delicado cinzel.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

JACQUES PRÉVERT – O POEMA E O POETA




O POEMA...

O Meteoro

Pelas grades do bloco penitenciário
uma laranja
passa como um raio
e cai como uma pedra
dentro do sanitário.
E o prisioneiro
todo lambuzado de merda
resplandece
todo iluminado de alegria.
Ela não me esqueceu.
Ela pensa sempre em mim ainda.


Tradução: Adriano Scandolara.

...E O POETA.

















Jacques Prévert (Neuilly-sur-Seine 1900 – Omonville-la-Petit 1977), poeta francês, abandonou a escola aos 15 anos, sendo que tentou várias profissões antes de se dedicar à poesia, ao teatro e ao cinema. Prévert ficou famoso como roteirista do cineasta Marcel Carné. Por alguns anos esteve ligado aos surrealistas renovando, nesse estilo a velha tradição medieval da poesia oral. Suas canções-poemas reunidas em Paroles tiveram grande sucesso  entre os jovens pela sua carga de protesto, anticlericalismo e humor. Um escritor que não se dedicou apenas à poesia, tendo gravado seu nome nas artes em geral do século XX.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

BEIRAIS DOS ABISMOS

Enzo Carlo Barrocco





















Toda manhã essa luz inacabável se desata
sobre o meu universo próprio
acendendo antigos planetas,
iluminando bólidos fugazes,
beirando os confins do desconhecido.

A cada verso meus abismos se incendeiam,
lume que se alastra
desde as profundezas
do espírito,
larva que se estende por toda a borda.







terça-feira, 13 de outubro de 2015

GALERIA DE RETRATOS: GLENDA, EDILSON E MIGUEL





































WILLIAM PRESCOT NA SEARA DOS NOTÁVEIS





William Hickling Prescot (Salem, Massachusetts 1796 – Boston 1859), historiador americano, estudou na célebre Universidade de Harvard, onde se dedicou exclusivamente à História. Quando esteve na universidade perdeu um olho num acidente, mas esse fato não tirou o seu entusiasmo. Por sete anos, pesquisou e terminou o seu grande trabalho History of the reign of Ferdinand e Isabella, concluído em 1836, o que o tornou famoso no mundo. O seu interesse pela história da América levou-o a escrever mais dois livros: Conquest of México, em 1843, e Conquest of Peru, em 1847. Todos os trabalhos de Prescot valem por seu estilo próprio e a rigorosa investigação dos assuntos abordados por todos os meios ao alcance na época. Os dois primeiros tomos da História de Felipe II são dignos de nota, trabalho que levou cinco anos para ser concluído.  Prescot, portanto dedicou toda a sua vida à Historiografia, com grande contribuição ao conhecimento. Um historiador em tempo integral. 

OBRAS PRINCIPAIS:

The History of Ferdinand and Isabella (1837);
Spain's Conquest of the Moors;
The Conquest of México(1843);
Biographical and Critical Miscellanies (1845);
The Conquest of Peru (1847);
The History of Philip II (1855-1958);
The Correspondence of William Hickling Prescott (editada por Roger Wolcott, Massachusetts Historical Society, 1925).
The Literary Memoranda of William Hickling Prescott (2 volumes editados por C. Harvey Gardiner, Oklahoma, 1961);
The Papers of William Hickling Prescott (editados por C. Harvey Gardiner, Illinois, 1964).

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...