quinta-feira, 18 de março de 2021

O POEMA E O POETA: AMÉRICO ANTONY

O POEMA...  

A FLOR DA EXORTAÇÃO 

Calada voz perdida no Passado 
Que cantou em penumbras de cristal Sensíveis sons de luz do que é encantado Nos seres todos da Alma Universal:

Secretos luares do silêncio amado 
Tão brandos e potentes, que afinal 
Os fluidos regem do que foi criado 
Da Luz, dos sons, do intrínseco causal:

Revelai-vos, amebas invisíveis 
Dos vossos mundo! órgãos de emoções Do Todo Eterno que voz fez sensíveis 

Da sinfonia que se fez correntes Trazendo o pego à flor, em corações 
De originais idiomas transparentes!

 ...E O POETA 

Américo Amorim Antony  (Manaus 1895 - Idem 1970), poeta amazonense teve, apenas, um único livro de poesias publicado postumamente: Os Sonetos das Flores, em 1979. O Poeta  foi membro da Academia Amazonense de Letras e da União Brasileira de Escritores do Amazonas. O Conselho Estadual de Cultura Amazonense mandou levantar todos os poemas esparsamente escritos por Antony. O célebre poeta Jorge Tufic se encarregou da tarefa de reunir os poemas auxiliado pelo promotor público Geraldo dos Anjos, divulgando parte deste trabalho no Livrornal, de 1978, periódico produzido pelo próprio Tufic. A catalogação dos sonetos, infelizmente não pode ser realizada por motivo de força maior. Américo Antony anda esquecido nos meios literários, embora seja um poeta de primeira linha. De acordo çom o poeta e pesquisador Antônio Miranda, "sua poesia é de difícil filiação a qualquer escola, podendo, no entanto, situar-se entre o simbolismo e o neoparnasianismo". Descubramos Américo Antony um dos grandes poetas do norte do Brasil.

ENZOCB2021

segunda-feira, 8 de março de 2021

O PONTO DO LIVRO: ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA

O PONTO DO LIVRO: ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA Resenha Cecília Meireles, a mais alta voz da poesia feminina brasileira, publicou, em 1953, uma coletânea de poemas intitulada Romanceiro da Inconfidência, que nada mais é  do que a história da colonização inicial de Minas Gerais, desde o século XVII até o famoso movimento da  Inconfidência Mineira, que foi a revolta ocorrida em Vila Rica (hoje Ouro Preto) no final do século XVIII, comandada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.  Em 85 "romances" e  mais quatro "cenários", Cecília, primeiramente, rememora a escravidão dos africanos no duro trabalho da exploração do ouro e dos diamantes naqueles séculos. Depois disso toca na Inconfidência Mineira  e os destinos dos implicados. Os versos são compostos, principalmente, em redondinha menor, versos de cinco sílabas poéticas (pentassílabo) e, predominantemente, a redondilha maior, verso de sete sílabas (heptassílabo). Cecília dá uma nova interpretação aos fatos partindo para uma reflexão filosófica e até metafísica sobre a condição humana. Na realidade Romanceiro da Inconfidencia é  fruto de uma longa pesquisa histórica que, para muitos estudiosos, é a obra-prima desta excepcional poeta, cronista, jornalista, pintora e educadora que nos deixou  uma vasta e esplêndida obra literária. *€NZOCB2021

quinta-feira, 4 de março de 2021

SALVADOR DALÍ NA MÁQUINA DO TEMPO

SALVADOR DALÍ NA MÁQUINA DO TEMPO O insuperável pintor, escultor e fotógrafo espanhol Salvador Dalí, aos 33 anos, em 1939, em uma pose menos excêntrica. Dalí, também, enveredou pelos caminhos da poesia, faceta menos relevante em sua carreira artística.

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...