A FLOR DA EXORTAÇÃO 
Calada voz perdida no Passado 
Que cantou em penumbras de cristal
Sensíveis sons de luz do que é encantado
Nos seres todos da Alma Universal:
Secretos luares do silêncio amado 
Tão brandos e potentes, que afinal 
Os fluidos regem do que foi criado 
Da Luz, dos sons, do intrínseco causal:
Revelai-vos, amebas invisíveis 
Dos vossos mundo! órgãos de emoções
Do Todo Eterno que voz fez sensíveis 
Da sinfonia que se fez correntes
Trazendo o pego à flor, em corações 
De originais idiomas transparentes!
 ...E O POETA 
Américo Amorim Antony  (Manaus 1895 - Idem 1970), poeta amazonense teve, apenas, um único livro de poesias publicado postumamente: Os Sonetos das Flores, em 1979. O Poeta  foi membro da Academia Amazonense de Letras e da União Brasileira de Escritores do Amazonas. O Conselho Estadual de Cultura Amazonense mandou levantar todos os poemas esparsamente escritos por Antony. O célebre poeta Jorge Tufic se encarregou da tarefa de reunir os poemas auxiliado pelo promotor público Geraldo dos Anjos, divulgando parte deste trabalho no Livrornal, de 1978, periódico produzido pelo próprio Tufic. A catalogação dos sonetos, infelizmente não pode ser realizada por motivo de força maior. Américo Antony anda esquecido nos meios literários, embora seja um poeta de primeira linha. De acordo çom o poeta e pesquisador Antônio Miranda, "sua poesia é de difícil filiação a qualquer escola, podendo, no entanto, situar-se entre o simbolismo e o neoparnasianismo".
Descubramos Américo Antony um dos grandes poetas do norte do Brasil.
ENZOCB2021

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