segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
A POÉTICA MINEIRA EM BRUNA PIANTINO
Bruna Piantino
Betim 1978
Poeta mineira
Por não perceberem a gravidade
Milhões de balões de ego
Sobrevivem elevados.
Quanto ao interior
Nenhum gás
Habita mais.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
A BOLSA DO GENIVAL
por Enzo Carlo Barrocco
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
ROSÁRIO FUSCO: O POETA ESCALAFOBÉTICO
São Geraldo 1910 - Cataguases 1977
Poeta, dramaturgo, romancista e ensaísta mineiro
que começa o caminho
do veio,
que fica no meio
do continente,
onde medram florestas (nunca virgens),
odores variados, carúnculas curtidas
em saliva, espasmos inefáveis e
micróbios letais
II
Deita
Por enquanto,
Deixa que o planeta invente,
por nós,
posições fundadas na hora,
inaugurais e precursoras.
Sem atritos ferozes,
Hiperêmicos,
Mas parcos e sinceros gemidos cavos,
Lubrificaremos os mancais do mundo
Na eternidade de segundos:
- juntos.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
MURILO MENDES: A POESIA SEM PERMEIO
Murilo Mendes
(Juiz de Fora 1901 - Lisboa, Portugal 1975)
Poeta minieiro
Carmem fica matutando
no seu corpo já passado.
— Até à volta, meu seio
De mil novecentos e doze.
Adeus, minha perna linda
De mil novecentos e quinze.
Quando eu estava no colégio
Meu corpo era bem diferente.
Quando acabei o namoro
Meu corpo era bem diferente.
Quando um dia me casei
Meu corpo era bem diferente.
Nunca mais eu hei de ver
Meus quadris do ano passado...
A tarde já madurou
E Carmem fica pensando.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
POEMA PARA MARIA
Gravura: Nossa Senhora com o Menino (1415-23)
Autor: António Pires de Évora
Tipo: têmpera sobre madeira, com fundo a ouro
Dimensões: 99 x 61 cm
Local: Comuna (Livorno, Itália)
de Santa Maria
à tarde rósea
sentada ao tamborete de José.
Um anjo alvo se esgueira
à sombra do velho carvalho.
um pássaro azul
dois pássaros azuis
três, quatro...
Maria balança a perna pra Deus não chorar.
A POESIA GENIAL DE JORGE LUÍS BORGES
Jorge Luís Borges
(Buenos Aires 1899 – Genebra, Suíça, 1986)
Poeta, contista e ensaísta argentino
A tarde bruscamente se aclarou,
porque já cai a chuva minuciosa.
Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
que o passado por certo freqüentou.
Quem a escuta cair já recobrou
o tempo em que a fortuna venturosa
uma flor lhe mostrou chamada rosa
e a cor bizarra do que cor tomou.
Esta chuva que treme sobre os vidros
alegrará nuns arrabaldes idos
as negras uvas de uma parra em horto
que não existe mais. A umedecida
tarde me traz a voz, a voz querida
de meu pai que retorna e não é morto.
Tradução: Renato Suttana
ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE
Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...
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