terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
TRAGÉDIA
Enzo Carlo Barrocco
O homem abriu a porta, como sempre fazia e percebeu, então, embaixo da escada que dava para o outro andar do vasto sobrado, alguém agachado, imóvel, encolhido. Pensou primeiramente que sua mulher estivesse fazendo algum tipo de gracinha. Aproximou-se e percebeu uma poça de sangue. Estremeceu. Correu à cozinha e a porta estava entreaberta. Os filhos!!! Ouviu gritos vindos do banheiro dos fundos. As duas empregadas e os dois filhos estavam trancados lá. Rumaram à sala. Ante ao acontecido o homem não sabia o que fazer...
sexta-feira, 25 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
HILDA HILST: A POETA DE JAÚ
(Jaú 1930 - Campinas 2004)
Poeta, contista, romancista e dramaturga paulista
Devo viver entre os homens
Se sou mais pêlo, mais dor
Menos garra e menos carne humana ?
E não tendo armadura
E tendo quase muito de cordeiro
E quase nada da mão que empunha a faca
Devo continuar a caminhada?
Devo continuar a te dizer palavras
Se a poesia apodrece
Entre as ruínas da CASA que é a tua alma ?
Ai, luz que permanece no meu corpo e cara:
Como foi que desaprendi de ser humana?
quarta-feira, 23 de abril de 2008
A LANTERNA DOS LUMIÈRE – SEAN CONNERY E A ROSA MACERADA
por Enzo Carlo Barrocco
EM NOME DA INTOLERÂNCIA
Filme: O Nome da Rosa (Der Name Der Rose). Suspense, 130 min., Alemanha, França, Itália, 1986. Direção: Jean-Jacques Annaud. Com: Sean Connery, Christian Slater, Helmuth Qualtinger, Elia Baskin, Michael Lonsdale, Volker Prechtek, Feodor Chaliapin Jr., Valentina Vargas, F. Murray Abraham.
Com o intuito de participar de um conclave em um longínquo mosteiro na Itália, William de Baskerville (Connery) um monge franciscano e o jovem Adso von Melk (Slater) se vêem diante de uma situação inusitada. Corre o ano de 1327 e a intenção principal do conclave, imagine, é decidir se a igreja deve doar parte de suas riquezas (algo inimaginável até nos dias de hoje). O fato é que ao chegarem ao tal mosteiro, Baskervelle e Melk se deparam com uma série de assassinatos dentro do prédio. Baskerville, então, começa uma investigação que se mostra muito intrincada, chegando-se a acreditar que tais acontecimentos seriam obras do demônio. Entra aí a figura de Bernardo de Gui (Abraham) mandado pela cúpula da igreja católica como grão-inquisidor para apurar os fatos. A Santa Inquisição foi a forma que a igreja católica, na idade média, criou para assassinar inocentes em nome de Deus. A fé católica não podia ser abalada, caso contrário o inquirido teria que ir às barras do tribunal. Era o que iria ocorrer caso um culpado fosse apontado, entretanto os motivos são pouco a pouco solucionados. Um excelente filme com o talento usual de Sean Connery, a interpretação clássica de F. Murray Abraham e um jovem Christian Slater começando a carreira; não esquecendo a direção sempre firme de Jean-Jacques Annaud. Andrew Birkin, Gerard Brach, Howard Franklin e Alain Godard são os responsáveis pelo roteiro, a partir de um livro do romancista e ensaísta italiano Umberto Eco nascido em Alexandria no Egito.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O CONTO SERGIPANO DE ALUYSIO MENDONÇA SAMPAIO
Aluysio mendonça sampaio
(Aracaju 1926 - São paulo 2008)
CIDADE INVADIDA
JIRAU DIVERSO N° 22
por Enzo Carlo Barrocco
O POEMA
DESENCONTRÁRIOS
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.
O POETA
Paulo Leminsk, poeta, contista, romancista, ensaísta e compositor paranaense (Curitiba 1944 – Idem 1989) foi um escritor que andou pelas veredas da experimentação sendo, também, adepto da poesia concreta no Estado do São Paulo. Como compositor teve canções gravadas por Caetano Veloso e pela Banda a cor do Som. Joyce, Lennon. Beckett e Jarry tiveram obras traduzidas por Leminsk. Em 1995 foi agraciado com o prêmio Jabuti de Poesia.
Livros Sugestionáveis
Lâmina Mea ou Mulher Não chora (Contos)
Autor: Salomão Laredo
Edição: Salomão Laredo (Editora)
Pequenos contos engendrados pela mente criadora de Salomão. Textos surpreendentes que levam o leitor a experimentar o fino humor deste excelente escritor.
Estrela da Minha Vida (Crônicas)
Autor: Edson Lodi
Edição: Entrefolhas
Relatos experimentados pelo autor como membro do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. “Histórias do Sertão Caboclo”, como bem afirma, relatando paisagens e personagens da história daquela instituição.
Sertão do Reino
Autor: Marcos Quinan
Edição: Projeto Editorial
Quinan adentra por um emaranhado de situações tendo a Cabanagem (movimento ocorrido no Pará entre 1935 e 1940) como pano de fundo. Índios, negros alforriados, escravos, mestiços são os personagens de uma esplêndia narrativa.
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A FRASE DI/VERSA
- Luigi Pirandello (Agrigento 1867 – Roma 1936) dramaturgo italiano
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DA LAVRA MINHA
SIMBIOSE
Enzo Carlo Barrocco
Esperemos a palavra
nascida de inumeráveis gargantas,
a simbiose entre homens e ruas,
planta indomável das calçadas.
Porque de agora em diante
é impossível abortar a fala
parida sobre
as muitas pautas dos gramáticos.
Poetas mencionarão sua geografia,
península léxica,
a nova peste contaminará
as páginas dos livros que virão.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
O DIÁRIO DOS PENSADORES N° 24
A técnica é uma conquista do homem, pois representa o domínio da
- Juscelino Kubitschek (Diamantina 1902 – Em um acidente de carro
O segredo de um negócio está em saber alguma coisa que ninguém sabe.
- Aristóteles Onassis (Esmirna, hoje território Turco 1906 – Paris 1975) empresário grego, em seu tempo, o homem mais rico do mundo
Estamos todos num mesmo barco em mar tempestuoso e devemos uns aos outros uma terrível lealdade.
- Gilbert Keith Chesterton (Londres 1874 – Idem 1936) romancista e ensaísta inglês
Acima de todas as liberdades, dê-me a de saber me expressar, de debater com autonomia de acordo com a minha consciência.
- John Milton (Londres 1608 – Idem 1674) poeta inglês
Toda teoria em qualquer campo só é válida quando nos servimos dela para ultrapassá-la.
- André Gide (Paris 1869 – Idem 1951) romancista e ensaísta francês
A maneira mais rápida de se terminar uma guerra é perdê-la.
- George Orwell (Nova Delhi 1903 – Londres 1950) romancista e ensaísta inglês nascido na Índia
Fanático é quem não quer mudar de idéia e não quer mudar de assunto.
- Winston Churchill (Woodstock 1874 – Londres 1965) político e historiador inglês
É próprio do homem errar; só o ignorante, porém, persevera no erro.
- Marco Túlio Cícero (Arpino 106 – Roma
Pode ser que nosso papel nesse planeta não seja de criaturas de Deus, mas de seus criadores.
- Arthur Clarke (Minehead 1917) contista e novelista inglês
Não importa o que os outros pensem, por que eles vão pensar de qualquer maneira.
- Paulo Coelho (Rio de janeiro 1947) romancista, compositor e jornalista fluminense
O grande homem é o homem livre.
- Confúcio (Zon 551 – Idem
terça-feira, 15 de abril de 2008
A POESIA ILUMINADA DE HELENA KOLODY
segunda-feira, 14 de abril de 2008
PERSONAGENS BIZARRAS - O MUNDO FANTÁSTICO DE B. TRAVEN
por Enzo Carlo Barrocco
O Visitante Noturno: o mundo fechado de B. Traven
O Visitante Noturno (Editora Conrad, 2008, 128 páginas), reúne duas novelas da lavra de B. Traven (Chicago 1890 - ? 1969) novelista e romancista americano, que é um dos escritores mais misteriosos do século passado. Traven fez do México seu país de morada, resguardando hermeticamente sua real identidade, cujo maior trabalho é o romance “O Tesouro de Sierra Madre, levado ao cinema pelo Diretor John Huston (Nevada, Missouri 1906 – Middletown, Rodhe Island 1987) B. Traven, inclusive, era o autor favorito de Albert Einstein. As fogueiras nazistas costumavam ser alimentadas com os livros de B. Traven. As duas novelas que fazem parte do livro não fogem ao estilo utópico do autor que fala de aventureiros e lugares remotos, tendo como pano de fundo a selva mexicana. Em “O Visitante Noturno”, conto que dá título ao livro, um homem tipicamente citadino se muda para os confins da selva mexicana, tendo contato , apenas, com um antropólogo amador recluso há vários anos. Em “Macário”, a segunda novela, o único sonho do protagonista é comer sozinho um peru assado longe dos componentes de sua numerosa família: esposa e 11 filhos. Entretanto, prestes a realizar seu desejo, três visitantes interplanetários o interpelam levando o enredo da novela a tomar um desdobramento inusitado. Esta novela foi recolhido pelos escritores argentinos Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo e faz parte da “Antologia de
UM TRECHO DA NOVELA “O VISITANTE NOTURNO”
Comprei de um mexicano vinte hectares de terra desocupada, dominada por densa vegetação tropical. Adiantei-lhe vinte e cinco pesos, e o resto seria pago na entrega dos títulos.
Construí uma cabana no estilo indígena e comecei a cultivar a terra. Não era uma tarefa fácil, ali no meio da mata, mas de todo modo pus mãos à obra.
Logo descobri que não era o único homem branco da região; uma hora em meu cavalo me levou à casa do vizinho mais próximo, um certo doutor Cranwell. A aldeia, povoada por camponeses índios, ficava a vinte quilômetros, e o armazém, a vinte e nove. Próximo ao armazém, duas famílias americanas tentavam a sorte; além de se dedicarem à agricultura e à compra e o embarque de carvão e lenha produzidos pelos índios locais, cada uma delas mantinha um bazar de aspecto miserável.
O ranchito do doutor Cranwell situava-se numa colina no meio do mato, assim como o meu. Ele vivia sozinho em um bangalô de três aposentos, construído da forma mais rudimentar. Eu não sabia por que ele fora se enterrar naquela mata e nunca procurei saber. Não tinha nada com isso.
Ele se dedicava à criação de animais, ou ao que ele chamava de criação. Tinha duas vacas, dois cavalos, três mulas e algumas colméias. Os pássaros silvestres comiam as abelhas o tempo todo, pegando-as ao entrar ou sair da colônia. Isso limitava sua produção a um volume suficiente apenas para o doutor saborear um pouco de mel no café da manhã de vez em quando
Seus vizinhos mais próximos eram duas famílias de índios, que viviam a pouco menos de um quilômetro de seu ranchito. Ele contratara os homens para o trabalho agrícola e as mulheres para o parco serviço doméstico.
O doutor Cranwell passava a maior parte do tempo lendo. Quando não se dedicava à leitura, deixava-se ficar sentado à varanda do bangalô, contemplando os milhares de quilômetros quadrados de selva que se estendiam à sua frente a perder de vista. Aquela mata era de um verde triste e poeirento, que só se iluminava durante quatro meses do ano, depois do fim da estação das chuvas.
Alguns agrupamentos indígenas, nenhum deles com mais de três famílias, espalhavam-se pela vasta região, e a única maneira de saber onde se encontravam era pela fumaça que podia ser vista, em determinadas horas do dia, pairando acima dos jacalitos1 ocultos.
Uma pessoa comum poderia ficar esgotada, quem sabe até perder o juízo, se não pudesse contemplar nada além daquela vasta extensão de floresta sombria. O médico, porém, gostava daquela paisagem.
E eu também. Podia passar horas contemplando aquela selva sem nunca me cansar dela. Na verdade, o que me interessava não era o que eu conseguia ver. Era poder imaginar os grandes e pequenos episódios que se desenrolavam naqueles matagais espinhosos lá embaixo. Não havia um minuto de descanso na eterna batalha pela sobrevivência, pelo amor. Criação e destruição... Eu não tinha bem certeza, mas imaginava que o médico sentia a mesma coisa. Só que ele nunca disse isso.
Minha casa ficava na mesma elevação que a sua, embora um pouco mais abaixo. Eu estava bem mais longe dos vizinhos que ele. Só muito raramente a solidão me incomodava. Quando isso acontecia, eu selava meu pônei e ia visitar o médico, só para ver um rosto humano e ouvir a voz de alguém.
Uma floresta tropical é tão cheia de vida que é simplesmente impossível entregar-se à tristeza quando se é capaz de sentir todo o universo em cada pequeno inseto, em cada lagarto, em cada trinado de pássaro, em cada farfalhar de folhas, em cada cor e forma de flor. De vez em quando, porém, eu sentia um arrepio de medo e meu coração fraquejava. Era como estar sozinho num avião, rodeado de nuvens, com o motor rateando e sem instrumentos de orientação. Ou como estar sozinho num pequeno barco, longe da costa, sem nenhum pássaro à vista, num mar silencioso, com o Sol começando a declinar.
O médico não era de falar muito. Viver sozinho na mata tropical faz você ficar silencioso, embora rico
Em minhas visitas, o médico e eu nos deixávamos ficar em nossas cadeiras de balanço por duas ou três horas sem que nenhum de nós dissesse uma palavra. Não sei por que, porém, isso nos contentava.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
A BAIANIDADE NOS VERSOS DE FRED
Fred de Souza Castro
(São Gonçalo dos Campos 1931)
Poeta baiano
MINHA TERRA
Minha terra, não palmeiras,
vou cantar no berimbau;
no eco de uma cabaça
por derréis de mel coado.
Vou deixar o meu recado
- mensagem de minha raça -
escrito com pedra e pau
nas rodas das capoeiras.
Se não encontrar barreiras
atravesso onde der vau;
levo tudo na chalaça,
seje benção ou pecado.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
MÁRCIA FLAUSINA: A POESIA DA ZONA DA MATA MINEIRA
segunda-feira, 7 de abril de 2008
JIRAU DIVERSO N° 21
Nº 21 – novembro.2007
por Enzo Carlo Barrocco
Meus dedos possuem um sentimento comum:
Eles procurar as formas simples.
em minhas mãos
– estoque de reflexos sentimentais –
Os mistérios foram sugados
e minha pena é minh’alma.
Quem poderá deter a vida
que corre em minhas mãos?
Autor: Fernando Moura e Antônio Vicente
Edição: Editora 34
A vida e a obra de Jackson do Pandeiro dissecadas em 416 páginas. Um trabalho de fôlego, mostrando, ainda, a trajetória da riquíssima música paraibana e nordestina. Um livro de ouro.
Autora: Raquel de Queiroz
Edição: Editora Ática
Deliciosos contos os quais a autora achou por bem nomeá-los de crônicas por serem fatos acontecidos no seu passado. Belíssimos e comoventes acompanhados da lírica narrativa de Raquel .
Autor: Orlando Carneiro
Edição do Autor
Um excelente trabalho literário. Carneiro põe a nu almas dissimuladas, desconfiadas, inescrupulosas. O adultério é o principal tempero desta novela que tem um final surpreendente.
. Henry Van Dike (Germantown 1852 – Idem 1933) poeta, contista e ensaísta americano
sexta-feira, 4 de abril de 2008
O DIÁRIO DOS PENSADORES N° 23
Como se os levasse dentro de minha ansiedade encontro os heróis onde
- Pablo Neruda (Parral 1904 – Santiago 1973) poeta chileno
Sermos felizes quando pudermos tornar felizes os que amamos.
- Kahlil Gibran (Bsharri 1883 – Nova York 1931) poeta libanês
A educação pelo medo deforma a alma.
- Coelho Neto (Caxias 1864 – Rio de Janeiro 1934) romancista, contista, novelista e poeta maranhense
As fontes de todos os problemas são três: barra de ouro, barra de terra e barra de saia.
- Tancredo Neves (São João Del Rei 1910 – São Paulo 1985) político mineiro e ex-presidente da República
A maior estupidez é perder de vista o que se está tentando fazer.
- Friedrich Nietzsche (Röcken 1844 – Weimar 1900) filósofo alemão
O importante para mim, antes de tudo, é lutar contra a miséria imensa que pesa sobre o mundo. Contra a discriminação, os donos da terra. Os privilégios que marcam o mundo capitalista.
- Oscar Niemeyer (Rio de Janeiro 1907) arquiteto mineiro
Mantenha-se forte diante do fracasso e livre diante do sucesso.
- Jean Cocteau (Maison Laffitte 1889 - Milly
A fidelidade é um pacto de posse com a outra pessoa. Todo indivíduo tem direito a um espaço privado. Isso serve para o homem e para a mulher.
- Cláudio Nucci (Jundiaí 1956) cantor e compositor paulista
É certo que uma mulher seja, acima de tudo, humana. Eu sou, antes de tudo, uma mulher.
- Anaïs Nin (Paris 1903 – Los Angeles, EUA 1977) novelista francesa
Que os nossos esforços desafiem as possibilidades. Lembrai-vos que as grandes proezas da história, foram conquistadas daquilo que parecia impossível.
- Charles Chaplin (Londres 1889 - Corsier-sur-Vevey, Suíça 1977) ator e cineasta inglês
É difícil acreditar que um homem esteja dizendo a verdade quando nós mentiríamos se estivéssemos no seu lugar.
- Henry Louis Mencken (Baltimore 1880 – Idem 1965) jornalista e ensaísta americano
quinta-feira, 3 de abril de 2008
ROBERTO CARLOS E A MÚSICA NO JIRAU
por Enzo Carlo Barrocco
TÍTULO: O INIMITÁVEL
INTÉRPRETE: ROBERTO CARLOS
GRAVADORA: COLÚMBIA
Roberto Carlos, realmente, é um artista que agrada todos os gostos, pois não há, acredito, uma pessoa sequer que não goste de, pelo menos, uma música do Rei. “O Inimitável” foi lançado em 1968, em vinil, evidentemente, e marca a transição na carreira de Roberto. Este álbum emplacou todas as faixas. Naquele ano de 1968, Roberto Carlos, então com 27 anos, se casaria, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com Cleonice Rossy, a mãe de seus filhos Luciana (nascida em 1971) e Roberto Carlos Segundo, o Segundinho, que também atende pelo nome de Dudu Braga (nascido em 1969). As parcerias com o amigo de fé Erasmo Carlos, rendeu excelentes músicas para este trabalho: “Se Você Pensa”, “É Meu, É Meu, É Meu”, “Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo”, “As Canções Que Você Fez Pra Mim”. Antônio Marcos também deixou seu talento em “E Não Vou Deixar Você Tão Só”; Edson Ribeiro e Hélio Justo, em “Ninguém Vai Tirar Você de Mim”; Getúlio Côrtes, em “Quase Fui lhe Procurar”; Helena dos Santos, em “Nem Mesmo Você”; o duradouro Luiz Ayrão, em “Ciúme de Você”; Renato Barros, que tinha uns amigos conhecidos como Blue Caps, em “Não Há Dinheiro Que Pague”, Paulo César Barros e Getúlio Côrtes, em “O Tempo Vai Apagar” e até Renato Teixeira, o engenheiro caipira, na parceria com Beto Ruschel, em “Madrasta”, tudo na voz do inimitável Roberto Carlos. É de bom alvitre dizer, também, que naquele ano de 1968, Roberto se tornaria o primeiro estrangeiro a vencer o Festival de San Remo, na Itália, com a música “Canzone Per Te”, de Sérgio Endrigo. Esse trabalho,
quarta-feira, 2 de abril de 2008
A POESIA MARANHENSE DE FERREIRA GULLAR
Ferreira Gullar
(São Luís 1930)
Poeta, contista, cronista, dramaturgo, telenovelista, crítico de arte e ensaísta maranhense
OCORRÊNCIA
Aí o homem sério entrou e disse: bom dia.
Aí outro homem sério respondeu: bom dia.
Aí a mulher séria respondeu: bom dia.
Aí a menininha no chão respondeu: bom dia.
Aí todos riram de uma vez
Menos as duas cadeiras, a mesa, o jarro, as flores
as paredes, o relógio, a lâmpada, o retrato, os livros
o mata-borrão, os sapatos, as gravatas, as camisas, os lenços.
ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE
Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...
-
por Enzo Carlo Barrocco Sandra Annenberg, paulista da capital, jornalista e atriz, no convés da fragata desde 1968, começo...
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João Baptista Bellinaso Neto, o Léo Batista, veterano apresentador e jornalista esportivo, hoje aos 86 anos, é o mais antigo apresentador em...
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O POEMA... DEPOIS DA HECATOMBE Quando a torpe insensatez humana Varrer da terra toda a humanidade, Por entre as cinzas da radioatividade,...