sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
JIRAU DIVERSO Nº 35
JIRAU DIVERSO
Nº 35 – janeiro.2009
por Enzo Carlo Barrocco
A POESIA MOÇAMBICANA DE DOMI CHIRONGO
O POEMA
Exactidão
Em cada poema escorrem
muitas verdades algumas
mais virtuais que outras outras
mais reais que algumas
e nessa ponte versificada vai-se
denunciando muita porcaria,
os lacaios ratos ratazanas e tantas
outras asneiras que não
cabem
nas letras.
O POETA
Domi Chirongo, moçambicano de Maputo, poeta e jornalista, no convés da fragata desde 1975, é umas das belas vozes da poesia de Moçambique deste início de século XXI. Domingos Carlos Pedro (seu nome verdadeiro) é um ativista cultural empenhado em ajudar o povo menos favorecido de seus país participando de diversos projetos de ação comunitária. Descubramos Domi Chirongo, atualmente coordenador da União Nacional dos escritores de Moçambique.
ESTANTE DE ACRÍLICO
Livros Sugestionáveis
O Braço Direito
Autor: Otto Lara Resende
Edição: Companhia das Letras
O mundo banal de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. A insignificância e o egoísmo de um homem tolhido pela sua fragilidade.
Van Gogh – Cartas a Theo (Série Rebeldes Malditos 10)
Autor: Pierre Ruprecht
Edição: L&PM Editores
As desesperadas cartas que o genial Vicente Van Gogh escrevia ao seu irmão Theodore. A loucura se acentuando a cada correspondência enviada e o alucinado desejo de compartilhar suas amargas experiências.
Um Nikkei na Terra dos Tembés (Ensaio)
Autor: Akira Nagai
Edição: Alves Gráfica e Editora
A vida do autor desde a sua infância nas terras de Tomé-Açu, no Pará. Narrativas curtas, prosaicas, surpreendentes dos imigrantes japoneses que implantaram a colônia em 1929 no Vale do Acará.
***
A FRASE DI/VERSA
Eu não sou contra o progresso
Mas apelo para o bom senso;
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso.
- Roberto Carlos (Cachoeiro do Itapemirim 1941) cantor e compositor espírito-santense
- Erasmo Carlos (Rio de Janeiro 1941) cantor e compositor fluminense
DA LAVRA MINHA
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
SILAS CORREA LEITE: O POETA
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
NOTAS PEQUENAS: FUTEBOL TAMBÉM É CULTURA
Croniquetas
por Enzo Carlo Barrocco
Remo x Time Negra: a cultura do futebol
Excelente a iniciativa da TV Cultura do Pará em transmitir os jogos de Remo e Paysandu pelo Parazão 2009. Vinte e dois municípios paraenses e mais a Área Metropolitana de Belém estão usufruindo a oportunidade de assistir aos jogos. O Governo do Estado, a Secretaria de Esporte e Lazer, o Banpará e a Federação Paraense de Futebol, também estão engajados neste projeto. Parabéns a toda a equipe da TV Cultura pelo belíssimo presente oferecido à torcida paraense que é, sem dúvida nenhuma, aficionada pelo futebol.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A TENDA DOS BLOGUEIROS - FUBÁ GROSSO COM ANGU DE ANTEONTEM SOBREMESA: PICOLÉ DE CHUCHU COM PIMENTA
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
NOTAS PEQUENAS – UM PATRIMÔNIO AMEAÇADO
Croniquetas
por Enzo Carlo Barrocco
É uma indignação o pouco caso para com a língua portuguesa em todos os setores. Na imprensa, na música, em peças teatrais, em telenovelas, em programas de TV, enfim um verdadeiro desfile de aberrações que mutilam e enfeiam o nosso belíssimo idioma. Com as mudanças na ortografia que passaram a valer desde o dia 1° de janeiro, é de se perguntar: será que tudo vai piorar? Um pouco mais de cuidado, certamente, não faria nenhum mal. Preservemos, senhoras e senhores, a nossa língua portuguesa, patrimônio de todos nós.
A TENDA DOS BLOGUEIROS - DennisOnTheNet
O achado / Dennis D.
Bella Odetta não tinha tempo para si. Vivia a correr pela casa, sempre com uma vassoura nas mãos ou com um cesto de roupas apoiado na anca, sempre de avental amarrado na cintura, sempre de chinelos de borracha, sempre com um lenço na cabeça.
Um dia, Bella Odetta abriu a primeira gaveta de sua cômoda e começou a ajeitar a roupa íntima. Entre as calcinhas de algodão, achou uma certa peça (talvez feita de seda), uma espécie de camisola longa, muito delicada, de um tom levemente azul, e que parecia irradiar luz de luar. Os dedos nodosos iluminaram-se no azul. Bella Odetta chegou a pensar em radiação atômica e sentiu medo, mas não se tratava de nada atômico, nem aquilo era uma camisola; era, isto sim, a alma de Bella Odetta, perdida no verão de 1961 e ainda em perfeito estado de conservação, sem mofo, sem manchas, sem furinhos de traças e com perfume de água de violetas.
E agora? O que fazer com o achado? Bella Odetta ficou pensativa. Queria-mas-não-queria fechar a gaveta.
DO BLOG DO DENNIS D.
http://dennis.d.zip.net/
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A ESPECIALÍSSIMA POESIA DE RUY ESPINHEIRA FILHO
Ruy Espinheira Filho
(Salvador 1942)
Poeta, contista, novelista, romancista, cronista e ensaísta baiano
Soneto da triste fera
a Florisvaldo Mattos
Quanto mais o olhar acera,
recrudesce a noite vasta,
restando apenas à fera
as trevas em que se engasta.
Choramos, era após era,
esta carência que pasta
entre escombros de quimera
tudo aquilo que não basta
a nós, esta triste fera
que vê só o duro luzir
desta, mais fera que a fera,
condição que a vergasta:
corpo - o que nos vai trair;
e alma - o que nos devasta!
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
PAES LOUREIRO: O PÁSSARO AMAZÔNICO
João de Jesus Paes Loureiro, paraense de Abaetetuba, poeta, ensaísta e dramaturgo, no convés da fragata desde 1939, teve o rio Tocantins como a sua principal paisagem na infância e adolescência. O ambiente amazônico exerceu papel decisivo na formação do poeta. A literatura paraense hoje está excelentemente bem representada. O poeta é formado em Direito, Letras, Artes e Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará e já esteve ocupando cargos na administração municipal de Belém, assim como no Secretariado Estadual do Pará. Paes Loureiro se vale do vasto, rico e abrangente universo amazônico para criar suas poesias. As lendas e os mitos da região também são enfocados no trabalho do poeta. Criatividade e originalidade são suas principais características. Durante o regime militar, devido suas experiências vanguardistas, o poeta foi, algumas vezes, perseguido, preso e até torturado. Paes Loureiro foi inúmeras vezes premiado tanto no teatro, quanto por seu trabalho na poesia. Sua láurea mais importante foi o Prêmio Jabuti, em 1998, pelo livro “Romance das Três Flautas ou Como a as Mulheres Perderam o Domínio sobre os Homens”. Paes Loureiro sabe muito bem do seu papel dentro da literatura amazônica e, nesse sentido, demonstra em sua obra uma paixão enorme por essa região. Festejemos Paes Loureiro, festejemos sua obra maravilhosa, poesias que falam da condição do povo e das coisas desta região. Obras Principais: Tarefa (1964); Cantigas de amar, de amor e de paz (1966); Epístolas e baladas (1968); Remo mágico (1975); Enchente amazônica (1976); Porantin (1979); Deslendário (1981); Pentacantos (1984); Cantares amazônicos (1985); O ser aberto (1987); Romance das três flautas ou de como as mulheres perderam o domínio sobre os homens (1987); O poeta Wang Wei (1988); Artesão das águas (1989); Iluminações/Iluminuras (1988); Altar em chamas e outros poemas (1989); Elementos de estética (1989); Cinco palavras amorosas à Virgem de Nazaré (1989); Tarefa (1989); "Cultura amazônica - uma poética do imaginário" (1991); Un Complainte pour Chico Mendes (1992); A poesia como encantaria da linguagem (1992); Altar em chamas (1992); Belém. O azul e o raro (1998); Pássaro da terra (1999). Fiquemos, portanto, com três raríssimas jóias produzidas pelo vasto universo da mente de Loureiro:
O Poeta
Debruçado no poço
salmodia
e a própria voz escuta.
Osso.
atirado a si mesmo
(espelho)
por um cão faminto.
Fui Eu
Melancolia
Quem
(diante do sol e dos luares,
do olho no olho do mar e do infinito,
dos equinócios, das guerras
dos decretos,
da floração noturna das estrelas,
das epopeias do progresso, das quimeras
que ardem na lareira do desejo,
da súbita epifania da encantaria
submersa na linguagem-rio)
quem há de perceber em mim
(grão de poeira
na infinitamente azul ampulheta de Deus)
este botão de amor tombando no poema
depois que o abandonaste no meu peito?
Poema
As palavras arfando entre virilhas
entre lábios
cópulas de consoantes e vogais.
Saboreadas palavras
defloradas palavras
túmidas palavras
ávidas
oh! palavras
arfando umidamente entre pentelhos.
Suor. Calor. Odor. Linguagem. Gozo.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
O DIÁRIO DOS PENSADORES - PÁGINA 34
A existência precede e comanda a essência.
- Jean-Paul Sartre (Paris 1905 – Idem 1980) filósofo, romancista,
dramaturgo, ensaísta e crítico francês
Orgulho-lhe de nunca ter inventado
armas mortíferas.
- Thomas Edison (Milan 1847 - West Orange 1931) cientista americano, patenteou 1.023 inventos
Prefiro o vício tolerante à virtude obstinada.
- Jean-Baptiste Poquelin, o Molière (Paris 1622 – Idem 1673) dramaturgo e ator francês
A injustiça de que faz a um é uma ameaça que se faz a todos.
- Charles Montesquieu (Bordeaux 1689 – Paris 1755) filósofo francês
Na ironia há um fundo de crença na possibilidade de corrigir a existência lá onde sua revolta lhe denuncia as imperfeições.
- Viana Moog (São Leopoldo 1906 – Rio de Janeiro 1988) romancista, ensaísta e jornalista gaúcho
Porque a infância e a adolescência abandonadas são fontes inesgotáveis de delinquência.
- Antônio Evaristo de Moraes Filho (Rio de Janeiro 1933 – Idem 1997) jurista, filósofo e ensaísta fluminense
A idade não protege contra o amor. Mas o amor, em certa medida, protege contra a idade.
- Jeanne Moreau (Paris 1928) atriz francesa
Nós construímos a realidade que nos destrói.
- Edgar Morin (Paris 1921) sociólogo e filósofo francês
Estar preparado para a guerra quer dizer estar em condições de provocá-la.
- João Paulo II (Wadowice 1920 – Roma 2005) poeta cristão, bispo polonês, Papa da Igreja Católica
Um homem que nunca fez raiva a uma mulher é um fracasso na vida.
- Christopher Morley (Haverford 1890 - Long Island 1957) ensaísta americano
O que de melhor existe nos grandes poetas de todos os países não é o nacionalismo e sim universalismo.
- Henry Longfellow (Portland 1807 - Cambridge 1882) poeta americano
ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE
Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...
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por Enzo Carlo Barrocco Sandra Annenberg, paulista da capital, jornalista e atriz, no convés da fragata desde 1968, começo...
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João Baptista Bellinaso Neto, o Léo Batista, veterano apresentador e jornalista esportivo, hoje aos 86 anos, é o mais antigo apresentador em...
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O POEMA... DEPOIS DA HECATOMBE Quando a torpe insensatez humana Varrer da terra toda a humanidade, Por entre as cinzas da radioatividade,...