Estou saindo para não morrer
de solidão e tecnologia,
armo a palavra e sobre a língua vária
fecho as cortinas da melancolia.
Somente a luz virtual e fria
apodera-se dos meus dedos brancos
entretanto, entre solavancos
ando à procura de aves retirantes.
Que importa a música e a estrofe
que o tempo não tem rédea ou peia,
a cada hora a palavra muda,
a cada dia tudo mais se afeia,
hoje o perfume sensual das flores
busco nas telas dos computadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário