O POEMA...
Graciosa
aproximou-se
em um vestido
de seda azul brilhante;
com um ramo
de oliveira em sua mão
e muitos
sinais de amarguras em seus olhos.
Chegando a
ela, eu a cumprimentei,
E tomou suas
mãos na minha: os pulsos podem
ainda ser
sentidos em suas veias;
com vida seu
oro ainda estava morno.
‘Mas você está
sem vida, mãe!’
Eu disse: ‘Oh,
há muitos anos você morreu!’
Ninguém
cheirou os seus bálsamos,
em nenhuma
vestimenta foi envolvida.
De relance
tomei em minhas mãos
o ramo de
oliveira.
(...)
...E A POETA
Simin
Behbahani, iraniana de Teerã, poeta, no convés da fragata desde 1927, começou
na poesia com a idade de 14 anos, à
mesma época em que publicou seu primeiro livro. O pai de Behbahani trabalhou como
editor e jornalista e sua mãe foi uma notável feminista, bem como professora e
poeta. A poesia acima diz bem de uma excelente poeta que derrama lirismo em
seus escritos, sendo indicada duas vezes
ao Prêmio Nobel de Literatura. Festejemos Simin Behbahani que milita
literariamente com um fechadíssimo país muçulmano.
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