sábado, 14 de novembro de 2020

O GRAMOFONE DE BERLINER: PEDRO SERTANEJO

A LENDA DO FORRÓ 

Pedro de Almeida e Silva, o Pedro Sertanejo (Euclides da Cunha 1927 — Idem 1997) músico, compositor e radialista baiano, foi o primeiro artista nordestino a levar o forró para São Paulo. Fundou o primeiro selo independente, a Gravadora Cantagalo. Realizou a sua primeira gravação, em 1956, acompanhado de seu conjunto, pela  gravadora Copacabana, interpretando o xote "Roseira do Norte" de sua autoria e Zé Gonzaga e a polca "Zé Passinho na Festa" de sua autoria. Na Todamérica, em 1958, gravou duas músicas, o baião "Balaio do Norte" e o forró "Forró Brejeiro", tocando acordeom. No ano de 1964 fundou a Cantagalo, onde dirigiu a gravadora por toda a década de 1960. Convidou, então,  Dominguinhos, no início da carreira, para gravar um LP destinado, exclusivamente, ao público migrante nordestino.  Ao longo de sua carreira, Pedro Sertanejo gravou mais de 100 LP's.  Um excepcional safoneiro que deixou seu legado, enobrecendo a Música Regional Sertaneja, assim como a Música Popular Brasileira. Fundou um salão de forró na Rua Catumbi no bairro do Belenzinho, em São Paulo que era o ponto de encontro de vários cantores e instrumentistas  nordestinos. As grandes  atrações eram Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Zé Gonzaga, Marinês, Dominguinhos, entre outros. Pedro era casado com Noemia Lima e Silva, e tiveram seis filhos, entre os quais Oswaldo de Almeida e Silva, Osvaldinho do Acordeon, atualmente um dos grandes sanfoneiros brasileiros. Aqui, seu LP "União dos Palmares", de 1971, com destaque para as músicas: Palmares (Pedro Sertanejo), Pojuca (J. Luna e Pedro Sertanejo) e Oh, Helena! (Zito Borborema e Pedro Sertanejo). 

ENZOCB2020



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