por Enzo Carlo Barrocco
"Arca de Noé"
Edvard Hicks (1780 - 1849) pintor americano
Philadelphia Museum of Arte
Todos nós que comemos carne, seja de que espécie de animal for, estamos, sumariamente, fadados às hostes do inferno. Mas chegará o tempo, tenho plena certeza, que o homem não precisará mais se valer dos nossos irmãos de planeta para saciar a sua primordial necessidade física. Vem-me a lembrança, a propósito, uma frase do grande José do Patrocínio, poeta, romancista, orador e jornalista fluminense (Campos 1854 – Rio de Janeiro 1905), abolicionista de primeira ordem, que dizia: “Tenho pelos animais um respeito egípcio, penso que eles têm alma, ainda que rudimentar e que eles têm conscientemente revoltas contra a injustiça humana”. Eu particularmente fico indignado quando tomo conhecimento que algum animal foi alvo de mal-tratos. A Sociedade Protetora dos Animais, juntamente com outros órgãos do governo, deveriam fiscalizar de maneira ostensiva para que se coíba esse tipo de procedimento. As estâncias de materiais de construção, principalmente, usam veículos de tração animal para o transporte de material, como: pedra, areia, cimento, madeiras, etc. É muito triste ver que depois de tantos anos de trabalho sob a tirania do chicote, os animais velhos, cansados e aleijados sejam soltos à própria sorte. Cuide e trate bem os nossos amigos ditos irracionais, pois veja bem: é infinitamente pior maltratar um animal do que uma pessoa, porque a pessoa pode até se revoltar e te dar um tiro na cara, mas o animal, não; este vai se esconder com medo do que tu possas fazer com ele. Portanto deixa o animal silvestre na natureza, é lá que ele vive bem. Trata bem o teu animal doméstico! Não incitas o animal selvagem! Iguanas, cobras e algumas espécies de ratos não são animais de estimação, e sim, animais que precisam viver livremente na natureza. Lembra-te: enquanto, muitas vezes, estás na igreja pedindo pela tua alma e pela tua saúde, um animal está sendo sacrificado para o teu almoço.
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