Da mente genial de Arthur Rimbaud, poeta francêsEstrela da Natividade: Charleville 1854 Cruz da Eternidade: Marselha, 1891   No Cabaré-Verde
às cinco horas da tarde
às cinco horas da tarde
 Depois de oito dias, larguei as botinasPelo caminho. Eu entrei em Charleroi.— No Cabaré-Verde: pedi torradas finas,Manteiga e presunto, que é frio o lugar. Feliz, estiquei as pernas sob a mesaVerde: e contemplei os toscos motivosDa tapeçaria. — E foi uma belezaQuando a vi, enormes tetas, olhos vivos, É ela! Não é um beijo que a apavora!Risonha, trouxe a refeição na hora,O presunto tostado, num belo prato, O presunto róseo e branco perfumadoPelo alho — e encheu-me o copo ávidoDe espuma brilhante como um raio de sol. 

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