João Fernandes Filho
(
Poeta baiano
O dia de Deus é branco
sumo de semana que nunca acaba
não é memória que luz
é cegante em sua claridade
que desconforta todo nascido
O dia de Deus é duro
de matéria só de minério
pode ser porrada ou pontiagudo
o seu ingastável é prejuízo
não de tempo-lucro
O dia de Deus é burro
Carga que quebra carroça
por não suportá-lo nem persuadi-lo
depois do peso o soldo —
capim, sal e algum líquido
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