Jorge Fernando dos Santos
(Belo Horizonte, 1956)
Poeta mineiro
Soneto Sertanejo
Sertão é dentro da gente
Ser tão sozinho me dói
Rio que já fez enchente
A seca hoje corrói
Na seara dessa vida
Ceará é o meu Saara
Um mar de areia moída
Que o vento sopra e não para
Peixe não é passarinho
Se tropeço numa pedra
Dessas que têm no caminho
Lembro a navalha e a seda
Iguais à flor e ao espinho
Margens da mesma vereda.
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