Meu verso diminuto e tão pequeno,
talvez, assim, inexpressivo grão,
mas, também, sei, intumescido e pleno
foge um pouco além da minha mão.
E se consigo domá-lo, potro arisco,
escoiceando as portas do poema,
plena luz morta ao chão, corisco
que fende o ar sob dor extrema.
Põe-se, assim, a galopar ligeiro
e sua crina de amarelo-rubro
faz-me louco que se me descubro
sob as vestes de um deus-poeta;
mas também sei, intumescido e pleno,
meu verso diminuto e tão pequeno.
talvez, assim, inexpressivo grão,
mas, também, sei, intumescido e pleno
foge um pouco além da minha mão.
E se consigo domá-lo, potro arisco,
escoiceando as portas do poema,
plena luz morta ao chão, corisco
que fende o ar sob dor extrema.
Põe-se, assim, a galopar ligeiro
e sua crina de amarelo-rubro
faz-me louco que se me descubro
sob as vestes de um deus-poeta;
mas também sei, intumescido e pleno,
meu verso diminuto e tão pequeno.